sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Deu na coluna Peso da lei

Inadimplentes

Quais teriam sido as razões que levaram a presidente da OAB local a divulgar a montanhosa relação de advogados inadimplentes?O “tsunami” provocado pela informação de Ângela Sales provocou o alvoroço nos meios jurídicos e convulsão na opinião pública. Afinal de contas, pergunta o jurisdicionado mal informado, o advogado que representa está ou não em condições de patrociná-lo?E o que dizer dos advogados criminalistas cuja defesa do cliente pode também ser criminosa?

No vácuo
O certo é que a oposição atenta a esses desdobramentos entrou no vácuo das inoportunas declarações, definindo-as como “truculentas” e se colocando à disposição dos advogados atingidos para exigir em juízo a “reparação” de seus direitos profissionais cerceados”. A nota de Repúdio e Desagravo afirmada por Sérgio Couto e Avelina Hesketh foi avaliada como pertinente, no momento em que o estrago na horta do Movimento, “Juntos para avançar” se consolidou. Ainda haverá tempo para remediar?

Opinião
Abonar a inadimplência é tão imoral quanto praticá-la, principalmente quando a Ordem coloca à disposição dos advogados mecanismos para parcelamento da dívida, inibindo a sanção proibitiva do exercício da profissão. Mas, tornar público o inadimplemento, denominando de criminosos os profissionais insolventes, é caminhar na contramão da história da entidade e prestar um desserviço à sociedade. É possível que a intenção da presidente da OAB tenha sido outra. Uma razoável assessoria impediria o descalabro.


Hamilton Gualberto
Jornalista editor da coluna Peso da Lei de O Liberal

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