segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Por Que Somos Candidatos
Além do seu papel corporativo de “promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados”, a Ordem dos Advogados do Brasil, é “serviço público dotado de personalidade jurídica e forma federativa” que “tem por finalidade defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da Justiça e pelo desenvolvimento da cultura e aperfeiçoamento das instituições jurídicas”.
Com essa magnitude institucional, a OAB-Pará jamais poderá ter seus destinos decididos em conchavos engendrados em Brasília. A prévia audiência de todos os seus briosos membros é imperativo categórico de legitimidade. Os advogados do Pará não são marionetes. Não se submetem a comandos remotos de partidos políticos.
Inadmissível impor chapa única, escolher a diretoria como se fosse uma “ação entre amigos” e “lotear cargos” como fazem os partidos políticos.
Inconcebível querer ganhar a eleição sem disputar um só voto, sem enfrentar um só debate, sem apresentar um só plano de trabalho.
Foi por não concordarmos com isso que resolvemos aceitar o desafio de nos candidatar, arrostando sacrifícios pessoais, familiares e profissionais daí decorrentes.
Mas não só por isso!
Urge resgatar a OAB-Pará do abandono administrativo em que foi lançada pelos seus últimos administradores.
Urge recuperar o primado da igualdade, fortemente afetado pela utilização indevida da instituição em benefício de seus dirigentes.
Urge prestigiar o pacto federativo, hoje desfigurado pelas ambições eleitorais de seus diretores.
Urge retomar atenções aos grandes temas institucionais locais, regionais e nacionais, para os quais a atual direção virou as costas.
Atravessamos momento de grave cobiça internacional sobre a Amazônia. Vivemos dias de preocupante desordem política-administrativa-institucional em nosso Estado do Pará, onde sequer as ordens judiciais são cumpridas.
Por tudo isso,
Lutaremos para impedir que nossa instituição seja partidarizada.
Lutaremos para que os advogados voltem a ser prestigiados.
Lutaremos para que nunca mais se agrida a igualdade e a solidariedade entre colegas.
O veredicto soberano da classe será aceito com serenidade.
Sergio Couto e Avelina Hesketh
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